Cidades médias surpreendem no desempenho: crescimento de empregos formais, renda domiciliar mais alta e qualidade de vida atraem profissionais ambiciosos.
Em 2025, algumas cidades brasileiras aparecem como polos promissores para quem busca emprego com carteira assinada, salários melhores e oportunidades reais de crescimento profissional. A reportagem cruza dados recentes sobre geração de vagas formais, rendimento médio e indicadores de qualidade de vida para apontar onde o mercado de trabalho tem se mostrado mais aquecido.
Geração de empregos: quem liderou em 2024
Entre os municípios de porte médio, Barueri (SP) foi um destaque: a prefeitura informa mais de 130 mil contratações no acumulado do período — número que transformou o município em um dos maiores geradores de vagas entre cidades com até 500 mil habitantes. Esses dados, consolidados a partir do Novo CAGED, mostram a força do setor de serviços e a atratividade de polos empresariais próximos a grandes centros.
O panorama nacional
Segundo a PNAD Contínua do IBGE, a população ocupada no Brasil atingiu 103,3 milhões de pessoas em 2024, recorde histórico. A taxa média anual de desocupação caiu para 6,6%, e houve redução na subutilização da força de trabalho — sinais claros de um mercado mais aquecido.
Renda e desigualdade: avanço, mas com diferenças regionais
O rendimento domiciliar per capita também avançou: o IBGE registrou R$ 2.069 em 2024 para o Brasil, com variação significativa entre as unidades da federação (R$ 3.444 no Distrito Federal e R$ 1.077 no Maranhão, por exemplo).
Além disso, a PNAD indica que o rendimento real habitual médio dos ocupados chegou a R$ 3.225 em 2024, com alta na massa de rendimentos — evidências de que a recuperação do emprego vem acompanhada de melhora nos ganhos médios.
Qualidade de vida: o fator que decide mudanças
Ter muitas vagas e bons salários não basta: infraestrutura, transporte, oferta de serviços e segurança também pesam na decisão de migrar ou permanecer numa cidade. Municípios como Barueri, São Caetano do Sul (SP) e Itajaí (SC) combinam diversidade econômica com estrutura urbana que facilita a fixação de trabalhadores qualificados — atributos que transformam essas cidades em verdadeiros polos de atração.
Por que cidades médias estão em alta?
- Proximidade a grandes centros sem custos imobiliários tão elevados;
- Ecossistemas setoriais (serviços, logística, tecnologia) que geram vagas estáveis;
- Incentivos locais e polos empresariais que atraem investimentos e novas contratações.
O que isso significa para profissionais em 2025
Quem tem qualificação tende a encontrar mais oportunidades ao considerar mudança para cidades médias que lideram a geração de empregos. Para quem busca estabilidade formal, esses polos mostram maior presença de vagas com carteira assinada. E para empreendedores, o aumento da renda local significa demanda por serviços e comércio, criando janelas de oportunidade.
Possíveis riscos e recomendações
O crescimento concentrado pode pressionar o mercado imobiliário local e a infraestrutura. É importante que municípios com forte geração de emprego invistam em planejamento urbano, transporte e habitação para evitar gargalos que minem a atratividade a médio prazo.










